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Empresa fica em 6º lugar, mas vence licitação na Cedae
Por Cássio Bruno
Publicado às 04h30 de 05/09/2019
RIO – A Cedae, companhia de água e esgoto do governo do estado, acaba de concluir um processo de licitação. Por R$ 27,2 milhões, a Fenixx Serviços Terceirizados Ltda. fornecerá mão de obra (atendentes) a agências da autarquia. Só que a empresa, veja só, ficou em sexto lugar na concorrência pública de um total de sete que participaram da disputa. Ou seja: as cinco primeiras foram desclassificadas. No quadro societário da Fenixx, com sede no bairro do Rocha, aparecem, entre outros, a USS Holdings S/A. Até novembro do ano passado, o presidente era o secretário estadual das Cidades, Juarez Fialho.
Economia poderia ser de R$ 6 milhões
A GMF Gestão de Medição e Faturamento Ltda., por exemplo, ficou em primeiro lugar a um custo de R$ 21 milhões – R$ 6 milhões mais barato do que a Cedae pagará à Fenixx. A GMF foi inabilitada “por não ter apresentado sua proposta de preços readequada como também sua planilha de custos unitários e toda documentação”, segundo a ata da licitação à qual a Coluna teve acesso. A Cedae informou que as empresas “não cumpriram as exigências” e tudo “está devidamente fundamentado em processo administrativo embasado na lei”.
Secretário: ‘Não tenho mais vínculo’
O secretário estadual de Cidades, Juarez Fialho, ressaltou ter deixado a presidência da USS Holdings S/A em 22 de novembro do ano passado. “Eu estava na iniciativa privada. Não era da política. Mas me desliguei para me dedicar ao serviço público. Não tenho mais vínculo com a empresa”, disse à Coluna. Juarez lembrou ainda que “não tem qualquer ingerência na Cedae”. Ele é consultor financeiro e trabalhou em empresas de auditoria como BDO, KPMG e MGF até ser nomeado pelo governador Wilson Witzel (PSC).
Polícia Federal e MPF investigam despejo irregular de esgoto em Niterói
Por William Montarroyos*, às 18:44 – 02/09/2019 | Atualizado em 19:21 – 02/09/2019
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão investigando a Prefeitura de Niterói e a concessionária Águas de Niterói acusadas de crime ambiental.
A empresa é suspeita de despejar esgoto irregular na Estação de Tratamento de Esgoto de Camboinhas.
Em nota, a Prefeitura do município da Região Metropolitana, informou que enviou técnicos ao local, mas que os profissionais não identificaram lançamento de despejos irregulares e que todas as informações solicitadas foram entregues às autoridades.
Já a concessionária Águas de Niterói nega o despejo no Canal de Camboatá, onde funciona a estação.
*Estagiário sob supervisão de Amanda Martins
Teresópolis: Castro explica mudanças no termo de referência e convoca população
Data: 10/08/2019 – Anderson Duarte
No próximo dia 15 de agosto, quinta-feira às 17h, no Ginásio do Pedrão, a população teresopolitana terá a chance de contribuir para o processo que prepara a concessão dos serviços de água e de esgoto ao setor privado em curso desde o governo Mário Tricano. Em entrevista ao programa Jornal Diário na TV nesta sexta-feira, 09, o secretário de Meio Ambiente do município, Coronel Flávio Castro, explicou como algumas mudanças propostas pela sociedade e como o exemplo de cidades que tiveram o mesmo processo recentemente, ajudaram a compor uma proposta de serviços completa e com segurança para o cidadão. Flávio garantiu que mudanças na composição tarifária e nos processos de cobrança da execução dos serviços da eventual empresa vencedora do certame, dão a certeza de que não repetiremos erros ou omissões diagnosticadas em cidades vizinhas. Durante o encontro da próxima quinta-feira são esperadas contribuições e participações relacionadas aos distritos e o interior do município como um todo, importantes ausências registradas na primeira audiência.
Uma das principais dúvidas levantadas pela audiência e também por internautas que interagiram ao longo da entrevista foi com relação à continuidade do processo iniciado na contestada gestão anterior. Flávio fez questão de explicar o início de tudo. “Esse processo começa ainda no ano de 2001 quando o governo municipal da época tentou iniciar uma disputa pública, mas foi impedido por uma ação da CEDAE, que desde 1998 já operava na cidade de forma precária, ou seja, sem um contrato vigente. Mas o início desta licitação que teremos agora se dá quando o Ministério Público entrou com ação civil pública alguns anos após a primeira proposição e cuja sentença determinou o encerramento do contrato de concessão dos serviços de fornecimento de água tratada e de captação e tratamento de esgotos firmado entre a Prefeitura de Teresópolis e a CEDAE em 15 de fevereiro de 1978. A ação determinou que os serviços fossem licitados para melhor atender à população. Sendo assim, o município lançou, em 2017, um Procedimento de Manifestação de Interesse, ou seja, uma PMI, com o objetivo de chamar empresas interessadas em apresentar estudos técnicos, projetos e levantamentos para subsidiar o modelo a ser utilizado para a concessão dos serviços”, explica Flávio.
Segundo o secretário, assim que assumiu, Claussen solicitou uma análise para determinar o que poderia ser feito com relação ao processo, ou seja, reiniciar ou dar sequência ao que já havia sido iniciado pela gestão Tricano. “A Procuradoria deu aval ao prefeito para que ele seguisse com o processo, já que os procedimentos guardavam amparo legal para tal e poderiam ser aproveitados. Assim, com a PMI aprovada seguimos com a confecção do nosso Termo de Referência, que é o que debatemos nestas audiências hoje e que vai culminar na disputa propriamente dita”, explica Flávio, também rebatendo a crítica com relação ao possível direcionamento para a empresa realizadora da PMI. “Nós inclusive já mudamos muito o que se estabeleceu incialmente. Não há nenhum tipo de compromisso, ou coisa do tipo”, explica.
A ausência de um sistema público de coleta e tratamento de esgoto em toda a sua história do município agrava muito o processo todo, por isso precisamos acertar em todos os detalhes. A meta é que, em cinco anos, a coleta e tratamento de esgoto alcance 50% do município, em dez anos, 85%, chegando a 90% de cobertura em quinze anos. O projeto técnico prevê a instalação de 340 km de rede separadora absoluta para complementação do sistema de tempo seco, ou seja, a maioria esmagadora do sistema a ser implantado é o separador absoluto, sendo o tempo seco complementar e auxiliar. Isso ficou muito claro no estudo e vamos garantir que seja aplicado com rapidez, até para preservarmos a qualidade de vida do cidadão. Temos também a construção de diversas estações de bombeamento de médio e grande porte, estações de tratamento de esgoto compactas e sistemas de Biodigestores para áreas de menor concentração populacional”, acrescenta Flávio.
Por fim o secretário lembrou do caráter técnico da audiência e como as contribuições podem ser positivas. “É muito importante que a população apresente sugestões e faça observações sobre o assunto, justamente para contribuir com a finalização do Termo de Referência da concessão, mas é preciso lembrar que é fundamental que os debates ocorram da forma mais ampla e democrática possível, e ordenadamente. Uma audiência pública é um espaço fundamental para contribuir, mas tem ter espirito de contribuição, e não de embate. O enfrentamento por si só não vai nos ajudar a não errar”, finaliza Flávio.
Câmara Municipal cria Frente Parlamentar para discutir o saneamento básico do Rio
06/08/19 21:21
Giselle Ouchana
A Câmara Municipal do Rio criou uma Frente Parlamentar do Saneamento nesta terça-feira. A iniciativa é do vereador Alexandre Arraes (PSDB) que quer discutir a qualidade do serviço prestado pela Cedae no município. Para iniciar o trabalho, ele conseguiu o apoio de outros 27 parlamentares, dispensando, assim, a aprovação em plenário.
A proposta de Arraes surge logo após a divulgação do ranking nacional do Instituto Trata Brasil, que avalia o saneamento básico das 100 maiores cidades do Brasil. O Rio despencou 12 posições, caindo para a 51ª. Segundo o presidente do Trata Brasil, o município estagnou e foi superado por outras cidades.
— Não temos saneamento minimamente decente e piorando nos índices de saneamento — criticou Arraes.
Para o vereador, a situação das favelas é preocupante. Em 2007, um termo firmado entre a prefeitura e a Cedae estabeleceu que o município deveria cuidar do esgoto das comunidades. Modificado em 2012, o acordo transferiu para a Cedae a responsabilidade pelo esgoto nas favelas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).
— Como ficam essas favelas que eram obrigação da Cedae? Qual o fundamento de um acordo em cima de algo absolutamente instável como as UPPs? — questiona o parlamentar, relembrando que o projeto de polícia pacificadora passa por reestruturação.
Os vereadores Paulo Pinheiro (Psol), Cesar Maia (DEM), Fatima da Solidariedade (PSC), Fernando William (PDT), Zico (PHS), Veronica Costa (MDB), Marcelino D’Almeida (PP), Paulo Messina (PRTB), Teresa Bergher (PSDB), Leandro Lyra (Novo), Luciana Novaes (PT), Rocal (PTB e Jorge Manaia (SD) estão entre os parlamentares que apoiaram a abertura da Frente.
Barracos despejam dejetos no Canal do Arroio Fundo, em Jacarepaguá Foto: Agência O Globo