Teresópolis: Castro explica mudanças no termo de referência e convoca população

Data: 10/08/2019 – Anderson Duarte

No próximo dia 15 de agosto, quinta-feira às 17h, no Ginásio do Pedrão, a população teresopolitana terá a chance de contribuir para o processo que prepara a concessão dos serviços de água e de esgoto ao setor privado em curso desde o governo Mário Tricano. Em entrevista ao programa Jornal Diário na TV nesta sexta-feira, 09, o secretário de Meio Ambiente do município, Coronel Flávio Castro, explicou como algumas mudanças propostas pela sociedade e como o exemplo de cidades que tiveram o mesmo processo recentemente, ajudaram a compor uma proposta de serviços completa e com segurança para o cidadão. Flávio garantiu que mudanças na composição tarifária e nos processos de cobrança da execução dos serviços da eventual empresa vencedora do certame, dão a certeza de que não repetiremos erros ou omissões diagnosticadas em cidades vizinhas. Durante o encontro da próxima quinta-feira são esperadas contribuições e participações relacionadas aos distritos e o interior do município como um todo, importantes ausências registradas na primeira audiência.
Uma das principais dúvidas levantadas pela audiência e também por internautas que interagiram ao longo da entrevista foi com relação à continuidade do processo iniciado na contestada gestão anterior. Flávio fez questão de explicar o início de tudo. “Esse processo começa ainda no ano de 2001 quando o governo municipal da época tentou iniciar uma disputa pública, mas foi impedido por uma ação da CEDAE, que desde 1998 já operava na cidade de forma precária, ou seja, sem um contrato vigente. Mas o início desta licitação que teremos agora se dá quando o Ministério Público entrou com ação civil pública alguns anos após a primeira proposição e cuja sentença determinou o encerramento do contrato de concessão dos serviços de fornecimento de água tratada e de captação e tratamento de esgotos firmado entre a Prefeitura de Teresópolis e a CEDAE em 15 de fevereiro de 1978. A ação determinou que os serviços fossem licitados para melhor atender à população. Sendo assim, o município lançou, em 2017, um Procedimento de Manifestação de Interesse, ou seja, uma PMI, com o objetivo de chamar empresas interessadas em apresentar estudos técnicos, projetos e levantamentos para subsidiar o modelo a ser utilizado para a concessão dos serviços”, explica Flávio.
Segundo o secretário, assim que assumiu, Claussen solicitou uma análise para determinar o que poderia ser feito com relação ao processo, ou seja, reiniciar ou dar sequência ao que já havia sido iniciado pela gestão Tricano. “A Procuradoria deu aval ao prefeito para que ele seguisse com o processo, já que os procedimentos guardavam amparo legal para tal e poderiam ser aproveitados. Assim, com a PMI aprovada seguimos com a confecção do nosso Termo de Referência, que é o que debatemos nestas audiências hoje e que vai culminar na disputa propriamente dita”, explica Flávio, também rebatendo a crítica com relação ao possível direcionamento para a empresa realizadora da PMI. “Nós inclusive já mudamos muito o que se estabeleceu incialmente. Não há nenhum tipo de compromisso, ou coisa do tipo”, explica.
A ausência de um sistema público de coleta e tratamento de esgoto em toda a sua história do município agrava muito o processo todo, por isso precisamos acertar em todos os detalhes. A meta é que, em cinco anos, a coleta e tratamento de esgoto alcance 50% do município, em dez anos, 85%, chegando a 90% de cobertura em quinze anos. O projeto técnico prevê a instalação de 340 km de rede separadora absoluta para complementação do sistema de tempo seco, ou seja, a maioria esmagadora do sistema a ser implantado é o separador absoluto, sendo o tempo seco complementar e auxiliar. Isso ficou muito claro no estudo e vamos garantir que seja aplicado com rapidez, até para preservarmos a qualidade de vida do cidadão. Temos também a construção de diversas estações de bombeamento de médio e grande porte, estações de tratamento de esgoto compactas e sistemas de Biodigestores para áreas de menor concentração populacional”, acrescenta Flávio.
Por fim o secretário lembrou do caráter técnico da audiência e como as contribuições podem ser positivas. “É muito importante que a população apresente sugestões e faça observações sobre o assunto, justamente para contribuir com a finalização do Termo de Referência da concessão, mas é preciso lembrar que é fundamental que os debates ocorram da forma mais ampla e democrática possível, e ordenadamente. Uma audiência pública é um espaço fundamental para contribuir, mas tem ter espirito de contribuição, e não de embate. O enfrentamento por si só não vai nos ajudar a não errar”, finaliza Flávio.

 

Em solidariedade aos trabalhadores do saneamento e meio ambiente do Rio de Janeiro

Portal Vermelho 

Nota pública da Deputada estadual Enfermeira Rejane – Líder do PCdoB na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)

Basta de perseguição:

Em solidariedade aos trabalhadores do saneamento e meio ambiente, venho a público manifestar meu apoio e minha solidariedade aos trabalhadores dirigentes do Sinstsama    Humberto Lemos, João Xavier,Edson Carlos, Maria Claudia, Vítor Duque e Flávio Guedes, em virtude da suspensão de contratos e da demissão desses companheiros que ocupavam cargos na direção do sindicato , e que estão na linha de frente da resistência à privatização da Cedae.

Esse é mais um ato de autoritarismo da direção da empresa, que desde o início deste ano vem demitindo trabalhadores, alguns com mais de 30 anos de casa, numa clara demonstração de perseguição política e assédio moral!!

A atual Diretoria do Sintsama fortaleceu o sindicato, recuperando financeiramente a entidade e vem resistindo e lutando contra a venda da Cedae e o contra o desmonte das instituições do saneamento e ambientais, como o Inea.

Diante das tentativas infrutíferas de entregar a companhia ao capital privado,  a direção da Cedae parte para cima dos trabalhadores tentando liquidar o maior pólo de resistência em defesa da Cedae pública, estatal e de qualidade: seus próprios trabalhadores e o SintSama.

Trata se de ato ilegal e inconstitucional, uma vez que o direito à organização sindical está garantido na Constituição, que veda a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

O direito à livre organização sindical foi conquistado com muita luta e não é negociável !!!  Esse tipo de perseguição política é prática de regimes ditatoriais e não pode ser tolerado em uma democracia, no qual os trabalhadores devem ter voz e a sociedade o direito de opinar.

Protocolei junto à Comissão de Trabalho da Alerj, pedido de realização de Audiência Pública para discutirmos a suspensão de contratos e demissões sem justa causa destes dirigentes do Sinstsama e o mandato está à disposição para mais esse enfrentamento, em defesa da organização dos trabalhadores. Contem comigo na luta contra a opressão e liberdade de organização!! 

 

CPI dos Hidrômetros defende ampliação da tarifa social na conta de água

08.08.2019 – 17:22 Por Isabela Cabral

A ampliação da tarifa social da água foi defendida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) que investiga irregularidades na medição do consumo de água pelos hidrômetros. Durante reunião nesta quinta-feira (08/08), o presidente do grupo, deputado Jorge Felippe Neto (PSD), anunciou que receberá até setembro sugestões das concessionárias, da Defensora Pública, do Procon-RJ, e de outros órgãos para a alteração da norma que regulamenta a tarifa social.

“Nossa busca aqui é por mudar o situação das coisas no estado. Formalização e responsabilização são fundamentais para que as pessoas paguem o que efetivamente consomem e ninguém tenha que pagar por outros. A tarifa social não tem uma revisão no Legislativo há 25 anos e está claro que isso tem que acontecer. Temos que adequar essa norma aos dias de hoje”, afirmou o presidente da CPI.

Hoje a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) tem em torno de 160 mil matrículas na tarifa social, o que corresponde a 10% do total. O dado foi divulgado pelo coordenador de divulgação de normas comerciais da empresa, Fábio Tinoco. “Estimamos 350 mil consumidores beneficiados. A Cedae tem feito um grande esforço para atender a população nesse tipo de concessão”, declarou. Segundo Tinoco, a Cedae oferta a tarifa social para moradores de favelas, habitações populares, conjuntos habitacionais do Minha Casa Minha Vida, templos religiosos de até 300 m², grêmios recreativos de escolas de samba com até 100 mil UFIR-RJ de faturamento anual e imóveis situados em áreas de especial interesse social.

O presidente da Prolagos, Sérgio Braga, disse que a concessionária tem oito mil clientes na tarifa social e que existe todo o interesse em expandir esse número. “É preciso que haja mais flexibilidade, com critérios objetivos definidos, para cobrarmos valores menores na conta de água. Não nos interessa a inadimplência, que é elevada em áreas menos favorecidas. Hoje, a companhia tem uma equipe dedicada fazendo campanha em campo para que mais gente faça a adesão. Há espaço para aumentar”, avaliou.

Defesa do consumidor

Para o defensor público Eduardo Tostes, representante do Núcleo de Defesa do Consumidor da instituição, a regulamentação da tarifa social também deve ser aprimorada. “A tarifa social é um método de inclusão social. Podemos ter critérios mais flexíveis acerca de renda, localidade, metros quadrados”, afirmou. Além disso, ele ressaltou que as companhias precisam melhorar no atendimento dos pedidos de inclusão na tarifa. “Vemos as pessoas pleiteando seus direitos e sendo negadas. É um problema grave e temos várias ações a respeito disso em andamento”, relatou.

Os participantes discutiram ainda a cobrança de tarifa mínima, a vazão das instalações de fornecimento de água, o uso de ventosas, irregularidades nos hidrômetros, problemas de vazamento e as falhas de abastecimento durante a alta temporada na Região dos Lagos. Também participaram do encontro os deputados Giovani Ratinho (PTC), Gil Vianna (PSL) e Márcio Gualberto (PSL).

Em Macaé, base do governo da Câmara rejeita convocação do Executivo para esclarecer abastecimento de água

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Na primeira votação no retorno do recesso parlamentar, nessa terça-feira (06), os vereadores da base governista de Macaé rejeitaram convocação do Executivo para esclarecer o abastecimento de água na cidade. Uma comissão foi criada pelo Poder Executivo, após o prefeito anunciar o rompimento de contrato com a CEDAE (Companhia Estadual de Água e Esgoto) com a proposta de municipalizar o serviço.
A convocação do Executivo à Câmara Municipal foi feita por meio de um requerimento coletivo, da bancada de oposição. O requerimento 365/2019 foi defendido pelo vereador Marcel Silvano (PT). Segundo ele, seria necessário o comparecimento dos gestores para explicar o planejamento de distribuição de água na cidade. Durante a sessão, o vereador petista afirmou que apesar da liminar, poderia ser que a prefeitua ainda fosse fazer o trabalho. “Nós queremos saber como isso ocorrerá”. Também assinaram o requerimento os vereadores Robson Oliveira (PSDB), Maxwell Vaz (SD) e Marvel Maillet (Rede).
O vereador Robson Oliveira, em sua fala, lembrou as idas e vindas do projeto do governo para tomar o lugar da concessionária, que resultou em processo na Justiça. “Após a aprovação da lei, a Cedae conseguiu na Justiça uma liminar, agora em vigor, proibindo a encampação. Então queremos retomar a ideia de uma CPI para investigar a companhia”.
Luiz Fernando (PTC) foi contra. “Com a decisão do Judiciário, a gestão voltou a ser da concessionária e não do município”, afirmou, alegando não fazer sentido esclarecimentos por parte de uma comissão que, segundo o vereador, pode não funcionar mais. Márcio Barcelos (MDB) e Julinho do Aeroporto (MDB) também discursaram contra. O requerimento foi derrubado com 6 votos contra 5 e duas abstenções.

Maioria rejeita convocar comissão do Executivo

A retomada das sessões ordinárias da Câmara de Macaé, nesta terça-feira (6), após o recesso de julho, foi marcada pela rejeição da proposta de convocar a comissão de gestores da prefeitura para fornecimento de água ao município. O grupo foi criado pelo Executivo, após o prefeito anunciar rompimento de contrato com a Cedae com a proposta de municipalizar o serviço.

Robson Oliveira (PSDB) lembrou as idas e vindas do projeto do governo para tomar o lugar da concessionária, que resultou em processo na esfera. “Após a aprovação da lei, a Cedae conseguiu na Justiça uma liminar, agora em vigor, proibindo a encampação. Então queremos retomar a ideia de uma CPI para investigar a companhia”.

Foi Marcel Silvano (PT) quem defendeu o Requerimento 365/2019 para que os gestores venham ao plenário explicar o planejamento de distribuição de água na cidade. “Apesar da liminar, pode ser que a prefeitura ainda venha fazer o trabalho e nós queremos saber como isso ocorrerá”. A proposição foi assinada também por Robson, Maxwell Vaz (SD) e Marvel Maillet (Rede).

Luiz Fernando (PTC) foi contra. “Com a decisão do Judiciário, a gestão voltou a ser da concessionária e não do município”, afirmou, alegando não fazer sentido esclarecimentos por parte de uma comissão que, segundo o vereador, pode não funcionar mais. Márcio Barcelos (MDB) e Julinho do Aeroporto (MDB) também discursaram contra. O requerimento foi derrubado com 6 votos contra 5 e duas abstenções.

› FONTE: ASCOM CMM

Câmara Municipal cria Frente Parlamentar para discutir o saneamento básico do Rio

06/08/19 21:21

Giselle Ouchana

A Câmara Municipal do Rio criou uma Frente Parlamentar do Saneamento nesta terça-feira. A iniciativa é do vereador Alexandre Arraes (PSDB) que quer discutir a qualidade do serviço prestado pela Cedae no município. Para iniciar o trabalho, ele conseguiu o apoio de outros 27 parlamentares, dispensando, assim, a aprovação em plenário.

A proposta de Arraes surge logo após a divulgação do ranking nacional do Instituto Trata Brasil, que avalia o saneamento básico das 100 maiores cidades do Brasil. O Rio despencou 12 posições, caindo para a 51ª. Segundo o presidente do Trata Brasil, o município estagnou e foi superado por outras cidades.

— Não temos saneamento minimamente decente e piorando nos índices de saneamento — criticou Arraes.

Para o vereador, a situação das favelas é preocupante. Em 2007, um termo firmado entre a prefeitura e a Cedae estabeleceu que o município deveria cuidar do esgoto das comunidades. Modificado em 2012, o acordo transferiu para a Cedae a responsabilidade pelo esgoto nas favelas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).

— Como ficam essas favelas que eram obrigação da Cedae? Qual o fundamento de um acordo em cima de algo absolutamente instável como as UPPs? — questiona o parlamentar, relembrando que o projeto de polícia pacificadora passa por reestruturação.

Os vereadores Paulo Pinheiro (Psol), Cesar Maia (DEM), Fatima da Solidariedade (PSC), Fernando William (PDT), Zico (PHS), Veronica Costa (MDB), Marcelino D’Almeida (PP), Paulo Messina (PRTB), Teresa Bergher (PSDB), Leandro Lyra (Novo), Luciana Novaes (PT), Rocal (PTB e Jorge Manaia (SD) estão entre os parlamentares que apoiaram a abertura da Frente.

Barracos despejam dejetos no Canal do Arroio Fundo, em Jacarepaguá Foto: Agência O Globo

Abastecimento de água: Maioria rejeita convocar comissão do Executivo

Publicado em 6 de agosto de 2019 às 15:46

A retomada das sessões ordinárias da Câmara de Macaé, nesta terça-feira (6), após o recesso de julho, foi marcada pela rejeição da proposta de convocar a comissão de gestores da prefeitura para fornecimento de água ao município. O grupo foi criado pelo Executivo, após o prefeito anunciar rompimento de contrato com a Cedae com a proposta de municipalizar o serviço.

Robson Oliveira (PSDB) lembrou as idas e vindas do projeto do governo para tomar o lugar da concessionária, que resultou em processo na esfera judicial. “Após a aprovação da lei, a Cedae conseguiu na Justiça uma liminar, agora em vigor, proibindo a encampação. Então queremos retomar a ideia de uma CPI para investigar a companhia”.

Foi Marcel Silvano (PT) quem defendeu o Requerimento 365/2019 para que os gestores venham ao plenário explicar o planejamento de distribuição de água na cidade. “Apesar da liminar, pode ser que a prefeitura ainda venha fazer o trabalho e nós queremos saber como isso ocorrerá”. A proposição foi assinada também por Robson, Maxwell Vaz (SD) e Marvel Maillet (Rede).

Luiz Fernando (PTC) foi contra. “Com a decisão do Judiciário, a gestão voltou a ser da concessionária e não do município”, afirmou, alegando não fazer sentido esclarecimentos por parte de uma comissão que, segundo o vereador, pode não funcionar mais. Márcio Barcelos (MDB) e Julinho do Aeroporto (MDB) também discursaram contra. O requerimento foi derrubado com 6 votos contra 5 e duas abstenções.

Jornalista: Marcello Riella Benites – www.cmmacae.rj.gov.br

Rede do improviso: moradores de Nova Iguaçu sofrem com falta d’água

Para conseguir água no bairro Santa Rita, em Nova Iguaçu, é preciso ter muita criatividade. Há anos sem o fornecimento da Cedae em algumas ruas do bairro, moradores inventaram diferentes maneiras de abastecer suas caixas d’água.

A saída para o servidor público Daniel Pessoa, de 33 anos e morador da Rua Macapá, foi construir um captador de água da chuva. É com ele que Daniel enche sua cisterna de oito mil litros.

— Quando chove, não compro água. Só as garrafas de 20 litros para beber. São duas por semana. Quando o tempo fica firme, sem chuva, pago pelo caminhão-pipa com dez mil litros d’água. Dura dois meses — explica Daniel, que reconhece o perigo da sua “invenção’’. — Sei que tem risco (captar água da chuva), mas fazer o quê? A falta d’água aqui é nossa única tristeza. Nós cumprimos com nossas obrigações e nos sentimos lesados.

Em frente à casa de Daniel, mora o aposentado Octávio Mariano Marins, de 61 anos. Ele conta que há aproximadamente quatro anos não recebe mais conta da Cedae:

— Nós temos rede, mas a água não cai há pelo menos dez anos. Nem com a bomba conseguimos puxar. Paramos até de receber conta. Muitos moradores já acionaram a Cedae. Uso água do poço artesiano, mas sai enferrujada. Para beber, compro a mineral mesmo.

Também na Rua Macapá, a pedagoga Elizabete Santos Gomes, de 56 anos, armazena água de três jeitos diferentes. A água que consome, ela busca toda semana na casa da irmã, no bairro Corumbá. São cerca de 15 galões. Para lavar roupas e louças, pega a água que o cunhado compra de caminhão-pipa. Mas ela também realiza um processo químico no seu quintal.

— A água do poço parece clara, mas, depois, fica amarelada. No futuro, as pessoas vão se preocupar se ela está trazendo doenças. Eu jogo hipoclorito nela e, depois, encho a cisterna para jogar para a caixa — explica.

Ao ser informada sobre o problema enfrentado pelos moradores do bairro Santa Rita, em Nova Iguaçu, a Cedae garantiu que enviará uma equipe ao local. Em nota, a empresa afirmou que não havia solicitação recente junto à Cedae sobre falta d’água nos endereços visitados pelo EXTRA.

De acordo com a Cedae, os “clientes adimplentes podem solicitar carro-pipa à companhia’’. A empresa disse ainda que o fornecimento será reforçado com a ampliação do Sistema Posse, que inclui a construção de novo reservatório de cinco milhões de litros d’água; assentamento de tronco distribuidor de aproximadamente 11 km de extensão; e recuperação de reservatório de um milhão de litros de água. A obra faz parte do Programa de Abastecimento de Água da Baixada Fluminense, cujas obras já estão em andamento na região.

Câmara pode ganhar Frente de Saneamento

Por O Dia

 

Rio – Depois de o jornal O DIA divulgar, na edição do último domingo (4), que o país conta com 27 milhões de mulheres sem acesso à infraestrutura sanitária, como consta no levantamento ‘O saneamento e a vida da mulher brasileira’, do Instituto Trata Brasil, o vereador Alexandre Arraes (PSDB) diz que vai propor, hoje, a criação de uma Frente Parlamentar de Saneamento na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ele precisa de 17 assinaturas (um terço do total) para isso. “É algo muito importante para população desta cidade”

Para Arraes, o Termo de Reconhecimento Recíproco de Direitos e Obrigações, firmado entre a Cedae e o Município, em 2007, não beneficia o saneamento na cidade e, por isso, deveria ser revisto o quanto antes.

“É fundamental que a Prefeitura rompa o termo de delegação dos serviços de saneamento para a Cedae com prazo de concessão de 100 anos que autoriza o despejo de esgoto na rede de águas pluviais, dentre outros absurdos, e interrompa esse ciclo perverso para a cidade”, criticou o vereador tucano.

Autoritarismo na Cedae: demissões e suspensões de dirigentes sindicais

Publicado em 02/08/2019

A CTB-RJ manifestou em nota o repúdio com veemência a atitude autoritária da direção da Cedae com o Sintsama-RJ ao suspender o presidente, o secretário de finanças e o Secretário e o Secretário de Organização do sindicato.

Além das suspensões, a Cedae demitiu quatro dirigentes do Sintsama-RJ, num claro ataque à organização sindical com objetivo de enfraquecer a luta contra a privatização do saneamento, haja vista que o Sintsama tem sido protagonista na defesa do saneamento público do Rio de Janeiro.

Esta atitude autoritária do Cedae na tentativa de criminalizar o movimento sindical não vai inibir a luta. A CTB-RJ exige em nota o fim do assédio moral e anulação dos processos contra os dirigentes, bem como das demissões de dirigentes sindicais efetuadas nos últimos tempos.

O Sintaema se solidariza com os companheiros e companheiras do Sintsama-RJ e avisa: estamos juntos com vocês contra esta arbitrariedade!